Sobre "pequenas" angustias
Estou sentada, numa esplanada, a saborear o bom e velho galão. Sinto o pulsar da cidade. Ainda é de manhã. Respiro profundamente, absorta em pensamentos, como quase sempre. Hoje, há um em particular que me assalta: porque não conseguimos ser nós próprios em todas as circunstâncias da vida? Porque temos de nos conter aqui e rir acolá, se o que faz sentido para nós é, exatamente, o oposto! Há grilhões invisíveis e eu tenho tantos. Isto faz - me doer. Quero resgatar totalmente a minha essência e pô-la ao meu serviço, sempre. Quero muito ser sempre eu e não só às vezes, percebendo que não temos que agradar a todos, nem todos nos agradarem a nós e viver bem com isso. Quero viver o meu dia, deitar a cabeça na almofada, fazer rewind ao que passou, o bom e o que podia ser melhor. E num sono descansado, expandir a minha alma.
Que a fortaleza de espírito nunca me abandone.
Lu